Durante
entrevista coletiva, concedida após a Reunião de Plenário que deu início aos
trabalhos legislativos de 2025, o presidente da Assembleia Legislativa de Minas
Gerais (ALMG), deputado Tadeu Martins Leite (MDB), reafirmou seu compromisso
com o enfrentamento à crise climática e ao endividamento do
Estado. Para o deputado, a prioridade do Parlamento mineiro neste biênio será
consolidar os feitos históricos desta legislatura.
Antes
mesmo das inundações no Rio Grande do Sul, já estava em pauta na Assembleia iniciativa
que busca soluções para minimizar os impactos trazidos por eventos
climáticos extremos, como as grandes enchentes e estiagens, afirmou o
presidente da ALMG. Ele ressaltou, ainda, que já estão em desenvolvimento, no
Parque Tecnológico de Belo Horizonte (BH-TEC), as dez propostas vencedoras do Prêmio
Assembleia de Incentivo à Inovação - Crise Climática.
“Estamos
chegando na ponta, promovendo mudanças diretamente na vida das pessoas”,
afirmou o presidente.
Soluções
sustentáveis como o uso de bioinseticida microbiológico para controlar pragas
em plantações ou o monitoramento hidrológico em tempo real para emissão de
alertas são exemplos dos projetos premiados, que participam agora do programa
de aceleração no parque tecnológico. A ação está em curso desde março de 2024.
Ao
tecer um panorama sobre as ações da Assembleia de Minas juntamente ao Congresso
Nacional e aos governos federal e estadual, Tadeu Leite falou sobre a renegociação
da dívida do Estado com a União. Criado a partir de um projeto de lei do
ex-presidente do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), após
mediação da ALMG, o Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag)
permite a redução dos juros pagos e do saldo devedor, ao contrário do Regime
de Recuperação Fiscal (RRF), proposto anteriormente.
Sobre
as privatizações de empresas públicas do Estado, como a Cemig e a Copasa,
outro grande tema desta legislatura, o parlamentar disse que a Assembleia
vai agir com cautela. O Propag prevê que os recursos obtidos com a venda
das empresas poderão ser utilizados para amortizar o montante da dívida.
Tadeu Martins Leite afirmou que, pessoalmente, não é contrário à proposta, mas que o compromisso do Legislativo é defender os interesses da população. “Precisamos ouvir os consumidores, porque o fundamental em qualquer discussão é pensarmos na melhoria da qualidade dos serviços prestados aos cidadãos mineiros. Esse é o foco da Assembleia de Minas”, finalizou.
